segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Design de móveis: polo de Arapongas aposta nos profissionais formados pelo Senai


As empresas do polo moveleiro de Arapongas, no norte do Paraná, descobriram a importância do design e da inovação para aumentar a competitividade dos produtos no mercado. Apostando nisso, as indústrias da região estão fazendo parcerias com Senai para atrair alunos do curso técnico de Design de Móveis.

Roupeiro Inova, desenvolvido pela Colibri Móveis, de Arapongas,
de olho na competitivide (Divulgação)

A cada curso iniciado pelo Senai-PR, uma empresa da região é convidada para ser madrinha da turma. “No primeiro dia de aula a empresa passa um briefing de uma linha de móveis que ela pretende lançar. Esse briefing serve como base para os alunos durante todo o curso, e a empresa assume o compromisso de colocar no mercado um ou mais produtos desenvolvido pelos alunos”, explica o gerente do Senai de Arapongas, Nilson Violato.

O curso técnico de Design de Móveis já formou, desde 2008, seis turmas. A média de empregabilidade entre os profissionais formados pelo Senai-PR neste setor é de 60% e o salário médio é de R$ 1,6 mil.

Arapongas tem 104 mil habitantes e conta com 163 empresas moveleiras, o segundo maior polo do setor no Brasil e o primeiro no Paraná. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), o segmento gera 11 mil empregos diretor e outros três mil indiretos, e representa 63% do PIB do município, tendo apresentado um faturamento, em 2011, de R$ 1,3 bi e exportado R$ 103 milhões no mesmo ano.

As empresas da região estão cada vez mais investindo em qualificação profissional para inovar em processos de fabricação e diferenciar produtos. A Colibri Móveis, segundo seu diretor de mercado, Marco Komura, começou a investir na profissionalização da gestão há dois anos. “Criamos uma área de inteligência de mercado e nos espelhamos em grandes setores indústrias como o automobilístico, que inova sempre com foco em design”, afirma.

“Percebemos que para competir no mercado interno e externo, o design precisava ser mais do que uma estratégia estética. Precisava ser, também, funcional”, destaca Komura, que foi buscar no Senai uma solução profissional em design e inovação. “Fizemos uma parceria com o Senai que, além de nos fornecer uma profissional de design de móveis, nos auxiliou na criação do setor de inovação e também na expansão nacional da empresa”.

Formada pelo Senai de Arapongas, Andressa Rodrigues, iniciou os estudos no curso de Aprendizagem em Movelaria Industrial e, em seguida, cursou o técnico em Design de Móveis. Agora ela trabalha no setor de desenvolvimento de produto da Colibri Móveis.

“O Senai me ajudou a escolher minha profissão e me preparou para isso. O curso conta com maquinários idênticos aos utilizados nas maiores empresas e isso facilitou a minha adaptação e desempenho na empresa”, conta Andressa que, também com a ajuda do Senai, já sabe que caminhos seguir na profissão. “Eu não sabia que existia uma faculdade de desenho industrial. Descobri por meio dos professores do Senai e é essa minha escolha.”


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