De acordo com a pesquisa, a média mundial de
acesso à conectividade é 49,1%. Os países com maiores indicadores são Suécia
(95,8%) e Islândia e Cingapura, empatadas com 95,5%. Nas últimas colocações da
lista, estão a Etiópia (8,25%), República Centro-Africana (5,5%) e Burundi
(5,75%), todos no Continente Africano.
Cidades com melhores condições socioeconômicas facilitamo acesso ao mercado digital (Foto José Paulo Lacerda/Agência Pixel) |
Na América Latina, Venezuela (62%) tem o maior índice de acesso às tecnologias da informação, seguida pelo Chile e Uruguai, ambos com 55%. Na Argentina e na Colômbia, os percentuais são 54% e 51% respectivamente, acima do indicador brasileiro.
Na avaliação do economista da FGV e responsável
pela pesquisa, Marcelo Neri, o Brasil está no meio do caminho em termos de
inclusão digital. “O Brasil é um copo meio cheio ou meio vazio, depende da
maneira como se vê”, disse, durante a divulgação dos dados. Para ele, nos
próximos anos, o acesso ao telefone celular será decisivo.
A pesquisa também avaliou a inclusão digital entre
os municípios brasileiros. Das mais de 5 mil cidades listadas no Censo 2010, a
conectividade é maior em São Caetano do Sul (SP), Santos (SP), Florianópolis
(SC), Vitória (ES) e Niterói (RJ) - todas com indicador acima de 70%.
Segundo Marcelo Neri, essas cinco cidades
apresentam melhores condições socioeconômicas, o que facilita o acesso ao
mercado digital. "Uma condição necessária para usar internet é um grau de Educação
que camadas pobres ainda não dispõem. É preciso acelerar (a inserção) por meio
de plataformas como o celular, que as pessoas já usam".
São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ocupam a 19ª,
20ª e a 21ª posições no ranking nacional, respectivamente.
Neri destacou a conectividade em comunidades
pobres do Rio de Janeiro, com indicadores próximos à média nacional. São elas:
Complexo do Alemão (50,8%), Jacarezinho (54,5%), Maré (55,9%) e Rocinha
(57,5%). O pesquisador disse que os dados foram coletados pelo IBGE, assim não
é possível comprovar se os serviços são ou não pagos nessas regiões.