terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Educação e competitividade: iniciativas de apoio à qualificação são debatidas por empresas catarinenses


Industriários e profissionais de recursos humanos de empresas da Grande Florianópolis participam nesta terça (4/12/2012), a partir das 19h, em São José, do último encontro da série de eventos que divulgam o Movimento A indústria pela Educação no Estado. A iniciativa, promovida pelo Sistema Fiesc, busca o apoio das indústrias da região para ações relacionadas à qualificação e à formação escolar de seus trabalhadores.

A forma como a Educação pode contribuir para o aumento da competitividade é o tema abordado por Mozart Neves, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. O Movimento também quer elevar fortemente a oferta de serviços educacionais das entidades do Sistema Fiesc - Senai, Sesi e IEL -, que planejam registrar mais de 800 mil matrículas até 2014.

A indústria pode apoiar, por exemplo, oferecendo infraestrutura para a formação dentro da empresa, promovendo o acesso a cursos e premiando trabalhadores que continuam seus estudos, entre outras ações (veja mais dicas abaixo). A adesão também pode ser realizada por meio do site fiescnet.com.br/aindustriapelaeducacao.

Na Portobello, iniciativas voltadas à Educação repercutem nos resultados da empresa de revestimentos cerâmicos. "A Educação é uma necessidade atual e o investimento é importante para a melhoria da produtividade e para uma maior sustentabilidade da comunidade", defende Gladys Prado, coordenadora de Desenvolvimento Organizacional da Portobello. "Estamos estudando novas ações para ampliar a oferta de Educação aos nossos trabalhadores, mas já existem algumas estratégias como a facilitação do acesso às aulas e o reconhecimento dos melhores alunos", conta.

A importância da Educação
Para que a indústria catarinense possa crescer no ritmo esperado até 2015, será preciso contar com um contingente de 461,5 mil trabalhadores com formação profissional adequada. A estimativa é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e consta na pesquisa Mapa do Trabalho Industrial 2012. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações.

O déficit educacional, além de um problema social, também é um entrave às empresas brasileiras. Pesquisa realizada em 2011 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que quase 70% das indústrias têm dificuldade de encontrar trabalhadores com a formação desejada - seja por Educação básica ou por formação profissional.

No Brasil, apenas 6,6% dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos estão em cursos de Educação profissional, enquanto na Alemanha esse índice é de 53%. Em Santa Catarina, cerca de 400 mil trabalhadores das indústrias não têm escolaridade básica completa.

Esse quadro faz com que o país ocupe a 77ª posição no ranking elaborado pela Organização Internacional do Trabalho sobre produtividade dos trabalhadores. Além disso, prejudica a capacidade das empresas de inserir novas tecnologias, aumentar sua produtividade e inovar.

O último encontro da série de eventos regionais promovidos pelo Sistema Fiesc será realizado nesta terça-feira (4), em São José, na Grande Florianópolis. Mais informações sobre o Movimento podem ser conferidas em www.fiescnet.com.br/aindustriapelaeducacao.

Como a indústria pode apoiar:
  • Promovendo o acesso a cursos de Educação profissional à Educação básica (contratação de cursos);
  • Liberar colaboradores para que frequentem ações educativas;
  • Oferecer meio de transporte para os trabalhadores alunos que realizam curso no período noturno;
  • Reconhecer o esforço dos trabalhadores-alunos (por meio de homenagens e meios de comunicação das empresas);
  •  Reconhecer o bom desempenho com prêmios;
  • Incluir nos planos de cargos e salários itens sobre realização de cursos e aumento da escolaridade;
  • Priorizar a permanência dos trabalhadores alunos nos quadros-funcionais;
  • Oferecer infraestrutura necessária para a realização de formações dentro da empresa e/ou lanche para os trabalhadores que se dispõem a estudar depois do expediente;
  • Promover o acesso às novas tecnologias da comunicação e informação (com acesso à internet) para que os alunos possam utilizá-las em cursos a distância;
  • Incluir as ações educativas no Plano de Desenvolvimento de Pessoas da empresa.


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