terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Indústria criativa: design, cinema e criação de jogos digitais são apostas do Rio Grande do Sul


Até a segunda metade da década de 1980, os móveis produzidos no Rio Grande do Sul não tinham qualquer requinte. Foi quando as empresas começaram a contratar arquitetos e designers para projetar os produtos, processo que se aprofundou nos anos 1990 e, hoje, já está consolidado. “Isto se iniciou quando a indústria moveleira sentiu a necessidade de se diferenciar de outros polos. Os empresários começaram a ir a feiras internacionais, contratar designeres de fora do país”, conta Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) e diretor-executivo da Eko Ambientes (Multimóveis).

“Antes você imaginava o móvel, criava e saía vendendo. Quando o consumidor começou a ficar exigente a indústria gaúcha viu nisto uma oportunidade e começou a se associar com arquitetos e designers”, prossegue Ivo. O resultado disso não se refletiu necessariamente num aumento das vendas, ele explica, mas no valor dos móveis. “O impacto importante disto foi no aumento da rentabilidade. Nos permitiu investir em tecnologia, sistemas de produção, tecnologia. A criação já não é mais problema”.

Indústria criativa foi eleita pelo governo gaúcho como um
dos 22 setores estratégicos para a política industrial
(Foto Gabinete Digital/Secom-RS/Divulgação)


O processo que Ivo Cansan descreve, de agregação de valor com a entrada do design no setor de móveis, se relaciona diretamente com o que se convencionou chamar de indústria criativa, que foi eleita pelo Governo do Estado como um dos 22 setores estratégicos para a política industrial. “Indústria criativa é um conjunto de empresas cuja agregação de valor se dá por meio da criatividade, não da matéria-prima. Quando se vai fazer um filme, por exemplo, o que importa não é o momento em que se prensa um DVD, mas quando se cria uma cadeia de fornecedores para produzir o filme”, explica Fernando Guimarães, funcionário da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e coordenador-executivo do programa setorial do Governo para a área da indústria da criatividade.

Clique aqui e continue lendo a reportagem de Felipe Prestes para o Sul 21.


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