quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Educação que funciona: O coletivo, sempre

Por Guilherme Genestreti e Livia Perozim*



A história e proposta de educar do Colégio Equipe, escola em que estudaram parte dos jovens que esquentaram a discussão sobre mobilidade urbana no País

Faltavam poucos minutos para as 22 horas da segunda-feira, quando o casal de professores esperava apreensivo para assistir  a dois ex-alunos serem entrevistados na tevê. Eles estariam no centro do programa Roda Viva, na TV Cultura, passada uma semana de manifestações e truculenta repressão policial na capital paulista. “A Nina e o Lucas iam participar. Fiquei preocupado, porque a violência na rua estava aumentando consideravelmente. Minha mulher então disse: ‘Mas nós os educamos para isso!’”, conta o professor Antônio Carlos de Carvalho.

Em junho deste ano, quando revoltas populares incendiaram as principais cidades do País, pelo menos quatro dos membros da organização que deslanchou os protestos compartilhavam mais do que apenas a mesma opinião sobre transporte público. Tinham também estudado na mesma escola. A estudante de Direito Nina Cappello, 23 anos, o professor de História Lucas Monteiro, de 29, o aluno de Filosofia Marcelo Hotimsky, de 19, e a pós-graduanda em Sociologia Mariana Toledo, de 27 anos, todos militantes do Movimento Passe Livre (MPL), agremiação nacional que luta pela tarifa zero em ônibus, trens e metrôs, tiveram parte ou a totalidade da educação básica formada no Colégio Equipe, em São Paulo.

“A coincidência chama a atenção, mas não surpreende”, respondem alunos, ex-alunos e professores do Equipe, conhecido por estimular o pensamento crítico em seus estudantes. “Nós educamos os nossos alunos para transformarem o que não está bom”, resume Carvalho, professor de Geografia há 23 anos e coordenador dos projetos sociais do colégio. “A gente não fica dando aula de como se tornar militante político, mas tentamos formar alunos que vivam a política da cidade e a pensem como espaço de transformação da sociedade.”


*Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem de Guilherme Genestreti e Livia Perozim publicada na Carta na Escola.


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