Depois de quase uma hora reunido com 14
representantes da manifestação que reuniu milhares de estudantes em frente ao
Congresso Nacional, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou
hoje (27/6/2013) que a discussão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) está
na pauta de votação da Casa da semana que vem e a tramitação do projeto vai ser
agilizada.
Ontem (26/6/2013), o senador divulgou calendário de votação acordado
entre os líderes para que o texto fosse votado na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) na quarta (3/7/2013) que vem e seguisse para o plenário da Casa.
Virginia Barros, presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE), disse que no dia da votação os estudantes vão
voltar ao gramado do Congresso. “Na quarta vamos ocupar novamente o Congresso
para garantir que o PNE seja aprovado”, disse ela. “O Congresso esta há dois
anos e meio debatendo o PNE e sabemos que quando existe vontade política os
prazos podem ser mais rápidos”, completou.
Uma das principais reivindicações do
movimento liderado pela UNE é garantir que 10% do Produto Interno Bruto (PIB)
seja destinado à Educação, conforme previsto no projeto aprovado pela Câmara
dos Deputados. Para cumprir essa meta, os manifestantes defendem que 100% dos
royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à Educação
pública.
Para a presidente da União Brasileira de
Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, os senadores precisam ter
sensibilidade para analisar a proposta. “Está muito claro que para desenvolver
o Brasil a gente precisa investir em um setor estratégico e o principal é Educação.
Precisamos formar mão de obra qualificada, melhorar o nível de aprendizagem, a
qualidade e a estrutura das escolas”, disse ela.
Manuela lembrou também que o movimento
estudantil critica o fato de dois setores estratégicos para o país – saúde e
educação – não poderem disputar a mesma fonte de recursos, como foi proposto no
rateio dos recursos que passaria a ser 75% para educação e 25% para saúde.
Fonte Agência Brasil