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Pimentel, Dilma e Mercadante: perguntas e explicações de alunos
do Senai sobre o funcionamento de equipamentos e métodos
aplicados na formação profissional (Foto Miguel Ângelo)
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No encontro, realizado nesta sexta (13/4), na sede do Sistema Indústria, em Brasília, Dilma afirmou não concordar com a tese de que a prevalência do setor de serviços sobre os demais segmentos da atividade econômica deve ser perseguida como característica de nação desenvolvida. “Não sou daquelas pessoas que acreditam que o mundo mudou e hoje é só serviços. Países que entraram nisso tendem a reverter em parte esse processo.”
A
presidenta da República conheceu os planos do Senai em ampliar substancialmente
seus serviços. Estão sendo investidos R$ 1,9 bilhão primordialmente em inovação
tecnológica e na educação profissional para a indústria.
Para a presidenta, o
programa, que prevê a instalação de 23 institutos de inovação e 38 institutos
de tecnologia, entre outras iniciativas, “abre uma nova agenda para o
Brasil”. Segundo ela, “o Senai é o que
temos de mais qualificado para transformar a pesquisa e o modelo de inovação
brasileiros”.
Acompanhada
dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel; da Educação, Aloizio Mercadante; e dos presidentes do BNDES, Luciano
Coutinho, e do Sistema Indústria, Robson Braga de Andrade; Dilma Rousseff
percorreu uma exposição de projetos e equipamentos usados pelo Senai em todo o
país.
Luciano
Continho sublinhou que “o programa é o início do processo de reação competitiva
da indústria brasileira”. De acordo com ele, “estamos nos preparando para
dobrar o tamanho do Senai, de maneira a formar ou retreinar, nos próximos dez
anos, mais de 50 milhões de trabalhadores”.
Outra
meta é contabilizar, em 2014, 4 milhões de matrículas ao ano, quase o dobro das
2,5 milhões de matrículas registradas em 2011 pelos centros e unidades de
educação da organização, que beneficiam indústrias e comunidades de cerca de 3
mil municípios.
Mais
salas de aula e centros de pesquisa aplicada
Ainda
graças ao programa de apoio à competitividade, o Senai vai construir 53 centros
de educação profissional e comprar 81 unidades móveis. Os 38 Institutos de
Tecnologia vão promover serviços técnicos e tecnológicos, como metrologia,
ensaios e testes laboratoriais para confirmar ou elevar a qualidade dos
produtos e apoiar o desenvolvimento de projetos de produtos e processos
inovadores. O Senai já presta, com sua rede de cerca de 200 laboratórios, esses
serviços a 18 mil empresas por ano. Além disso, os Institutos de Tecnologia
oferecerão educação profissional em diversas modalidades de ensino, da
iniciação profissional até cursos superiores.
Os
23 Institutos de Inovação, que atuarão em rede com os Institutos de Tecnologia,
terão expertises para dar suporte às empresas no desenvolvimento integrado de
produtos, processos, pesquisa aplicada, solução de problemas complexos e
antecipação de tendências tecnológicas. Essas unidades também formarão
profissionais para gerar conhecimento e promover tecnologias que atendam às
necessidades da indústria.
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Serviços tecnológicos e técnicos: Senai já atente 18 mil empresas/ano,
com sua rede de 200 laboratórios (Foto Gilson Abrel/Agência Fiep) |
Com atuação que atenderá a todos os setores da indústria e às demandas peculiares a cada região do país, os Institutos de Inovação se especializarão em áreas como microeletrônica, engenharia de superfícies e fotônica, materiais e componentes, tecnologia da informação e comunicação, tecnologias construtivas, energia e defesa.
Como
a inovação exige recursos humanos qualificados, os 53 Centros de Formação
Profissional vão formar técnicos em cursos customizados e por meio a educação a
distância. Verdadeiras oficinas, as 81 novas unidades móveis levarão cursos de
qualificação de curta duração a regiões onde existe demanda por profissionais
qualificados, mas não há escolas fixas do Senai.
Cinquenta delas deverão começar
a operar ainda neste ano. Doze atuarão na área de panificação, cinco de
confecção, dez de soldagem, dez de construção civil, oito de automação e cinco
de usinagem por comando numérico computadorizado (CNC). Em 2013, serão
compradas escolas móveis para oferecer formação em outras áreas tecnológicas.